Quatro amigos viajam para Las Vegas, a fim de realizar a
despedida de solteiro de um deles. Empolgam-se como adolescentes no primeiro
baile. Acordam, no dia seguinte, na
maior ressaca, com um tigre no banheiro e um bebê no sofá. Um deles perdeu um
dente e o noivo desapareceu. Probleminhas nem tão difíceis de resolver, não
fosse o fato deles não se lembrarem de nada. Absolutamente nada. E com o
agravante de estarem às vésperas do casamento cujo noivo sumiu. Lançado no
Brasil em 2009, o filme é Se beber, não
case! No elenco, Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Heather
Graham, Justin Bartha, Sasha Barrese e Rachael Harris, todos sob a direção de
Todd Phillips.
Ao longo da história os protagonistas vão
descobrindo todas as besteiras que fizeram. Como destruir a Mercedes do sogro,
arrancar um dente como prova de amor, jogar uma cama de casal pela janela,
roubar um tigre e meterem-se com gente da pesada. Cenas hilariantes, praticamente
do começo ao fim, fizeram balançar as poltronas dos cinemas durante o ano
passado. E, ainda hoje, causam frouxos de risos em locações de DVD. Tiraram do sério até mesmo pessoas sisudas e
pouco espirituosas, como eu. A graça está justamente na desgraça, que não é
pouca. Imagine-se acordando num lugar estranho, em uma situação inusitada, sem
memória alguma da noite anterior. Como diz o adágio popular, “... de bêbado não
tem dono”. É, no mínimo, assustador.
Os homens têm – de longa data - este costume de fazer a
despedida de solteiro com uma grande bebedeira, de preferência em um bordel.
Como se a vida fosse acabar após o casamento e eles precisassem se exaurir no
último dia. Enquanto as noivas fazem – ou faziam – sua despedida com um chá só
para mulheres. Ocasião em que as amigas presenteavam com objetos para a
cozinha, como se a vida dali para frente fosse se resumir àquele cômodo da
casa.
As últimas décadas revolucionaram o comportamento
feminino, e algumas festas de despedidas de solteiros já têm tido tratamentos
diferenciados. Mulheres mais avançadas dão adeus à solteirice em alto estilo.
Nada de esfregões ou panos de pratos. Muito champanhe e boa música, em
companhias agradáveis. Tem até dançarino saindo de dentro do bolo. Sem grandes
bebedeiras, tudo com muita discrição. E os homens mais moderados substituíram a
farra com os amigos por elegantes drinques ao cair da noite, quando são
presenteados com elementos para compor o bar. Talvez, numa alusão ao fato de
que dali em diante só deverão beber em casa.
O filme é imperdível. Se ainda não viu, veja logo. Se for
beber, não case; se for casar, não beba. É bom não esquecer a ressaca dos
nossos amigos de Vegas. Este tipo de farra, em geral, só faz rir quem está do
outro lado da tela.
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